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Provavelmente você talvez já tenha ouvido falar de alguém que sofreu “bullying” em suas relações interpessoais. São atitudes reprováveis e que causam enormes prejuízos à saúde emocional do ofendido.
No contexto do ambiente do trabalho nós temos a figura do assédio moral no trabalho, conhecido como “mobbing”.
“Mobbing”, assédio moral ou terror psicológico no trabalho são palavras sinônimas destinados a definir a violência pessoal, moral e psicológica, vertical, horizontal ou ascendente no ambiente de trabalho.
No mundo do trabalho, o assédio moral ou “mobbing” pode ser de natureza vertical (a violência parte do chefe ou superior hierárquico); horizontal (a violência é praticada por um ou vários colegas de mesmo nível hierárquico); ou ascendente (a violência é praticada pelo grupo de empregados ou funcionários contra um chefe, gerente ou superior hierárquico).
O terror psicológico no trabalho tem origens psicológicas e sociais que ainda hoje não foram suficientemente estudadas. Sabe-se, todavia, que, na raiz dessa violência no trabalho, existe um conflito mal resolvido ou a incapacidade da direção da empresa de administrar o conflito e gerir adequadamente o poder disciplinar. Por isso mesmo não se pode mitigar a responsabilidade dos dirigentes das organizações no exercício do poder diretivo.
Tanto a administração rigidamente hierarquizada, dominada pelo medo e pelo silêncio, quanto a administração frouxa, onde reina a total insensibilidade para com valores éticos, permitem o desenvolvimento de comportamentos psicologicamente doentes, que dão azo à emulação e à criação de bodes expiatórios.
A vítima do assédio moral ou terror psicológico é violentada no conjunto de direitos que compõem a personalidade. São os direitos fundamentais, apreciados sob o ângulo das relações entre os particulares, aviltados, achincalhados, desrespeitados no nível mais profundo.
O mais terrível é que essa violência se desenrola sorrateiramente, silenciosamente – a vítima é uma caixa de ressonância das piores agressões e, por não acreditar que tudo aquilo é contra ela, por não saber como reagir diante de tamanha violência, por não encontrar apoio junto aos colegas nem na direção da empresa, por medo de perder o emprego e, finalmente, porque se considera culpada de toda a situação, dificilmente consegue escapar das garras do perverso com equilíbrio emocional e psíquico para enfrentar a situação e se defender do terrorismo ao qual foi condenada.
Na forma como é utilizado hoje, o mobbing corresponde de início às perseguições coletivas e à violência ligada à organização, mas que podem incluir desvios que, progressivamente, transformam-se em violência física.
A responsabilidade das organizações empresariais em manter um ambiente de trabalho saudável e adequado, em todos os aspectos, é indiscutível.
Todo trabalhador que é vítima desse tipo de assédio moral tem direito à reparação assegurado pela nossa legislação pátria.